sábado, 29 de março de 2014

Pela Paz! Não à NATO!



No próximo dia 4 de Abril assinalam-se 65 anos da criação da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), instrumento de domínio global, pelo qual foram protagonizadas várias agressões a povos e a Estados soberanos, que deixaram duradouros rastos de morte e destruição, de que são exemplo a Jugoslávia, o Afeganistão o Iraque e a Líbia, e bloco também responsável pela chocante corrida aos armamentos que prossegue na actualidade.

Actos públicos a realizar no dia 4 de Abril, em:

Lisboa - 18:30h
Início junto aos armazéns do Chiado
deslocação até Largo Camões

Porto - 17:30h
Praça da Liberdade
Junto à Igreja dos Congregados

Pela Paz! Não à Nato!

A NATO, instrumento pelo qual foram protagonizadas várias agressões a povos e a Estados soberanos, que deixaram duradouros rastos de morte e destruição, de que são exemplo a Jugoslávia, o Afeganistão o Iraque e a Líbia, é também responsável pela chocante corrida aos armamentos que prossegue na actualidade. Os países membro deste bloco são responsáveis por cerca de 75% das despesas militares mundiais. No conceito estratégico desta aliança agressiva, permanece a possibilidade da utilização de armas nucleares num primeiro ataque e esta arroga-se o direito de actuar em qualquer parte do globo, sob qualquer pretexto.

As organizações portuguesas, abaixo assinadas, recordam que, aquando da realização da cimeira da NATO em Portugal, em 2010, um grande movimento pela paz, demonstrou a sua firme oposição à realização da Cimeira e aos seus objectivos, organizando, ao longo do ano, dezenas de iniciativas por todo o país, culminando com a grande manifestação convocada pela «Campanha em Defesa da Paz e contra a cimeira da NATO em Portugal - Campanha “Paz Sim! NATO Não!”», onde participaram mais de cem organizações e dezenas de milhares de pessoas que encheram a Avenida da Liberdade, em Lisboa, denunciando os objectivos militaristas da NATO e afirmando a necessidade da construção de um Mundo de paz, solidariedade e cooperação.

Em 2014, ano em que também se comemoram os 40 anos da Revolução de Abril, que pôs fim à guerra colonial e reconheceu a independência dos povos irmãos africanos, as organizações subscritoras apelam à participação nas iniciativas públicas que se realizarão em Lisboa e no Porto, no dia 4 de Abril, para reafirmar as justas e legítimas reivindicações e aspirações em prol da paz, designadamente:

- Oposição à NATO e a todos os blocos militaristas e seus objectivos belicistas;
- Retirada das forças portuguesas envolvidas em missões militares da NATO;
- Encerramento das bases militares estrangeiras, nomeadamente em território nacional;
- Dissolução da NATO;
- Desarmamento e fim das armas nucleares e de destruição massiva;
- Exigência do respeito e cumprimento da Constituição da República Portuguesa e das determinações da Carta das Nações Unidas, em defesa do direito internacional e pela soberania e igualdade dos povos.

Organizações que subscreveram, até o momento:
- Associação Conquistas da Revolução
- Associação de Amizade Portugal Sahara Ocidental
- Associação Intervenção Democrática - ID
- Comité de Solidariedade com a Palestina
- Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional
- Confederação Nacional da Agricultura
- Confederação Portuguesa de Quadros Técnicos e Científicos
- Conselho Português para a Paz e Cooperação
- Cooperativa Mó de Vida
- Ecolojovem - «Os Verdes»
- Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal
- Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas
- Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais
- Juventude Comunista Portuguesa
- Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos
- Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente
- Projecto Ruído
- Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Escritórios e Serviços de Portugal
- Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul
- Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins
- União dos Sindicatos de Lisboa
- União dos Sindicatos do Porto

quinta-feira, 20 de março de 2014

... e assinalou 38º aniversário da República Árabe Saarauí Democrática



O Núcleo de Coimbra do CPPC realizou no dia 6 de Março, na Casa das Caldeiras, um debate sobre o 38º aniversário da República Árabe Saarauí Democrática (RASD), e que contou com a participação do convidado Ahamed Fal, representante da RASD, Mário Nogueira, visitante do território, Sérgio Branco e Isabel de Melo. Dando mote ao debate, foi projectado o filme "Hijos de las nubes, la ultima colonia" (2012) Ver trailer em: 
https://www.youtube.com/watch?v=8ctzsQF4g2s


Núcleo de Coimbra do CPPC participou na manifestação da CGTP-IN a 1 de Fevereiro...




O Núcleo de Coimbra do CPPC participou, no passado dia 1 de Fevereiro, na manifestação realizada em Coimbra pela CGTP-IN, no âmbito do Dia Nacional de Luta marcado pela Intersindical, um dia de luta e protesto contra as políticas económicas e sociais do Governo, e que contou com iniciativas nas várias capitais de distrito por todo o País.




terça-feira, 18 de março de 2014

Três anos de invasão da Líbia pelas tropas da NATO



Três anos são decorridos sobre o início da agressão militar à Líbia, iniciada a 17 de Março de 2011. Os primeiros bombardeamentos foram efectuados pelas forças armadas dos Estados Unidos da América que, dez dias depois, entregaram o comando das operações à NATO. Mas a coligação envolvida na agressão incluiu também a Bélgica, Bulgária, Canadá, Dinamarca, França, Grécia, Itália, Holanda, Noruega, Roménia, Reino Unido, Espanha e Turquia, todos membros da NATO, e ainda a Jordânia, o Qatar, a Suécia e os Emirados Árabes Unidos. 
 
A invasão foi “justificada” pelos países da “coligação” como resposta à actuação do governo líbio face às manifestações e aos protestos populares, iniciados em Benghazi, no dia 15 de Fevereiro de 2011. Manifestações essas, com motivações diversas e em muito semelhantes às que ocorreram em diversos países árabes, na que ficou conhecida pela “primavera árabe”. Hoje, sabe-se que organizações como a Al Qaeda e a Irmandade Muçulmana, com ligações aos serviços secretos franceses e norte americanos, estavam directamente envolvidas nessas manifestações. 
 
A guerra durou até 31 de Outubro do mesmo ano, dez dias depois do assassinato do Chefe de Estado Líbio Muammar Khadafi. Nela foi testado e usado do mais moderno equipamento de combate, em terra, mar e ar, produzido pelos complexos militares- industriais dos países agressores.
Muitas destas armas, entregues, no final da guerra, aos grupos para militares, vieram a ser usadas em outros conflitos, como o do Mali ou da Síria.
 
O número de vítimas dos bombardeamentos e da ofensiva no terreno estima-se em cerca de 2000. A destruição de equipamentos e infraestruturas atingiu valores muito elevados.
 
Três anos depois, a Líbia é um Estado destruído e a saque, com o poder, de facto,  entregue a grupos militarizados salafitas, tais como a Irmandade Muçulmana ou a Ansar Al – Charia que domina na parte leste e centro do país, ou a poderes tribais, um dos quais, os Toubou, do sul do país, acabam de anunciar a formação de um novo Estado. 
 
Os conflitos militares entre estes grupos configuram um estado de guerra civil, em que as populações civis são as mais afectadas.
 
A população líbia, antes com um elevado nível de vida, vive, hoje, uma situação de grandes carências, dependendo, na sua maioria, dos sistemas caritativos dos salafitas, que exploram, em benefício próprio, as jazidas de hidrocarbonetos e outras riquezas do país.
 
Segundo fontes da ONU, cerca de 35 000 refugiados não regressaram às suas casas e mais de 5000 pessoas estarão prisioneiras das milícias criadas e armadas pelas tropas da NATO. 
 
O Conselho Português para a Paz e Cooperação considera que o exemplo da Líbia demonstra que não se deve pôr em causa o respeito pelo princípio da soberania de cada Estado e dos seus povos em nome de interesses económicos, geopolíticos ou geoestratégicos de quem quer que seja. A invasão e destruição da Líbia só trouxe miséria e sofrimento ao seu povo, ficando o país mais pobre, inseguro e desprotegido, tal como aconteceu em situações similares no Iraque, Somália ou Afeganistão.
 
A Paz e a coexistência pacífica são valores fundamentais que têm de ser preservados e a Organização das Nações Unidas tem o dever de respeitar e fazer respeitar os princípios da sua Magna Carta.