segunda-feira, 23 de março de 2015

Pelo fim das armas nucleares: petição assinala 65 anos do Apelo de Estocolmo  

No momento em que se assinalam 65 anos do Apelo de Estocolmo pela abolição das armas nucleares, o Conselho Português para a Paz e Cooperação apela a todos os amigos/as da Paz para a convergência de vontades na acção em torno dessa causa, cuja actualidade permanece, convidando-o/a a subscrever o texto abaixo em http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT76455.

Transcrevemos aqui o:
Apelo de Estocolmo
Exigimos a interdição absoluta da arma atómica, arma de terror e de extermínio em massa de populações.
Exigimos o estabelecimento de um vigoroso controle internacional para a aplicação dessa medida de interdição.
Consideramos que o governo que primeiro utilizar a arma atómica, não importa contra que país, cometerá um crime contra a humanidade e será tratado como criminoso de guerra.
Pedimos a todos os homens de boa vontade no mundo inteiro que assinem este apelo.
Março de 1950

Em Março de 1950, o movimento internacional de partidários da Paz, na sequência do fim da Segunda Guerra Mundial, constituiu-se em Conselho Mundial da Paz e, perante a ameaça da repetição do horror de Hiroxima e Nagasaki, lançou um Apelo pelo banimento das armas nucleares sob estrito controlo internacional, denunciando a sua natureza intimidatória e de assassínio massivo.
Mas volvidos 65 anos, cinco potências nucleares detêm arsenais nucleares declarados, e cinco outros países detêm-nas também, porém sem terem subscrito o Tratado de Não Proliferação alcançado em 1968.
Hoje, como então, receamos que algum Estado agressor possa antecipar o lançamento da arma nuclear contra algum outro Estado, pretendendo tirar vantagem militar, o que seria crime cometido contra a humanidade, a ser tratado como crime de guerra. Todavia, sabemos hoje que a dimensão dos arsenais e a escala planetária dos impactos tornaram o julgamento de tal crime uma impossibilidade. Seria o fim da Justiça, por ser o fim da Civilização.
Assim, todos nós, organizações e pessoas que subscrevemos este documento:
Invocamos e saudamos o exemplo dos activistas e personalidades que intervieram pela abolição das armas nucleares e que redigiram o Apelo de Estocolmo, bem como os milhões de homens e mulheres, avós e pais das gerações presentes, que o subscreveram então em todo o mundo. E bem assim os que, quer no movimento da Paz quer nas instituições internacionais, desde então vêm incansavelmente lutando pela sua divulgação, sua causa e sua necessária aplicação.
Apelamos à consciência de todos para a convergência de vontades na acção em torno dessa causa cuja actualidade permanece – desarmar a estratégia de tensão e de ilusória superioridade militar que conduziria ao genocídio nuclear.Afirmamos como urgente o fim das armas nucleares e de extermínio em massa de populações, das bases militares estrangeiras, assim como o desarmamento geral e controlado.
Exigimos das autoridades portuguesas o cumprimento das determinações da Constituição da República Portuguesa e da Carta das Nações Unidas, em respeito pelo direito internacional e pela soberania dos Estados e igualdade de direitos dos povos.

Semana Mundial de Solidariedade com a Revolução Bolivariana da Venezuela 

A Semana Mundial de Solidariedade com a Revolução Bolivariana foi assinalada de 1 a 8 de Março, com iniciativas promovidas pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação, em colaboração com outras organizações, um pouco por todo o país.


Transcreve-se o manifesto da iniciativa e as organizações subscritoras:

As organizações subscritoras manifestam a sua solidariedade ao povo venezuelano face às manobras internas e externas que visam desestabilizar a República Bolivariana da Venezuela para, em última análise, derrubar o Governo democraticamente eleito, interromper e, se possível, fazer retroceder a Revolução bolivariana, a qual tem sido repetidas vezes apoiada e reafirmada pelo povo venezuelano, designadamente em múltiplos actos eleitorais nos últimos 15 anos.

A tentativa de derrubar o Governo democraticamente eleito, não sendo nova na República Bolivariana da Venezuela, também o não é na América Latina e Caraíbas já que se assemelha perigosamente com os golpes ocorridos em países deste sub-continente, nomeadamente nas décadas de 60 e 70 do século passado, em que os Estados Unidos da América e os grandes grupos económicos e financeiros nacionais derrubaram governos legítimos e impuseram aos povos sangrentas ditaduras militares com o brutal cortejo de violação sistemática dos Direitos Humanos e dos direitos democráticos e constitucionais, políticos, sociais, económicos e culturais.

A tentativa de golpe militar do passado dia 12 de Fevereiro foi amplamente antecedida de uma guerra económica contra o Estado Venezuelano, integrando provocações, actos de vandalismo, contrabando, açambarcamento e especulação de bens essenciais, tendentes a criar um clima de descontentamento que facilitasse os objectivos das forças golpistas e anti-democráticas.

O apoio interno e externo de que goza o Governo da República Bolivariana da Venezuela tem-lhe permitido fazer frente a muitas destas inaceitáveis acções desestabilizadoras. No entanto, os Estados Unidos da América não desistem de se ingerir na Venezuela, instigando e provocando conflitos internos visando promover e disseminar uma situação de caos generalizado e incontrolável.

As organizações subscritoras, solidárias com o povo venezuelano, manifestam o seu firme repúdio para com estes actos contra a Revolução bolivariana e o povo venezuelano e associam-se às manifestações de apoio e solidariedade para com a República Bolivariana da Venezuela.

Organizações subscritoras (até o momento):
  • Associação Conquistas da Revolução
  • Associação de Amizade Portugal-Cuba
  • Associação de Reencontro dos Emigrantes
  • Associação Intervenção Democrática
  • Associação Juvenil Projecto Ruído
  • Associação Portuguesa de Amizade e Cooperação Iúri Gagárin
  • Colectivo Mumia Abu-Jamal
  • Comissão Porto com Cuba
  • Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional
  • Conselho Português para a Paz e Cooperação
  • Ecolojovem - «Os Verdes»
  • Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal
  • Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações
  • Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas
  • Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro
  • Juventude Comunista Portuguesa
  • Mó de Vida – Cooperativa
  • Movimento Democrático de Mulheres
  • Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente
  • Sindicato dos Professores da Região Centro
  • Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas de Defesa
  • Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul
  • Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e Urbanos de Portugal
  • Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local
  • União dos Sindicatos de Lisboa
  • União dos Sindicatos do Distrito de Braga
  • União dos Sindicatos do Distrito de Leiria
  • União dos Sindicatos do Porto
  • Universidade Popular do Porto

Solidariedade com a Revolução Bolivariana da Venezuela: "A Revolução não será televisionada"

Numa iniciativa conjunta dos Núcleos de Coimbra do CPPC e da Associação de Amizade Portugal-Cuba, teve lugar, no passado dia 5 de Março, no Ateneu de Coimbra, a projecção do documentário "A revolução não será televisionada" de Kim Bartley e Donnacha O'Briain.

Pode ver-se vídeo aqui: